Art Theory

VII CPCC – Leonildo Galdino (UFPE): Filosofia da Arte de Danto: Objeções ao Pensamento Wittgensteini



Consciência & Cognição

A Filosofia da Arte de Author Danto: Objeções ao Pensamento Wittgensteiniano
Leonildo Galdino de Santana (UFPE)
Esta proposta de comunicação tem como objetivo apresentar uma análise das objeções de Arthur Danto a respeito das interpretações do conceito arte herdadas da filosofia de Wittgenstein. Tais objeções, desenvolvidas por Danto em sua obra principal, “A Transfiguração do lugar comum” (1981), estão situadas no debate com alguns filósofos analíticos da arte de influência wittgensteiniana e também com o próprio Wittgenstein. O ponto principal deste debate diz respeito a crítica apresentada por Danto como objeção à interpretação da arte como uma “textura aberta”, que segundo ele, estaria amparada no conceito de ação enquanto um externalismo materialista. Nesta interpretação, os filósofos wittgensteinianos argumentam que não existe uma essência ou natureza da arte, e a pretensão de apresentar uma definição sobre esse problema incorre em erros. A argumentação favorável a uma textura aberta é fundamentada por eles na noção de semelhanças de família dos jogos de linguagem da filosofia de Wittgenstein. Sendo dessa forma, uma interpretação adequada deveria compreender a arte, não como obras possuidoras de propriedades em comum, mas como obras que apenas compartilham semelhanças entre si. Danto postula que a definição da arte é possível. Para fundamentar seu pensamento, primeiro ele apresenta as suas objeções ao pensamento wittgensteiniano argumentando que as interpretações da arte por meios da noção de semelhanças de família acabam restringindo a arte apenas aos seus aspectos materiais. Neste sentido, Danto apresenta os exemplos da arte contemporânea mostrando que estes possuem uma dimensão conceitual responsável pela transfiguração dos objetos banais ao status de obras de arte. Considerando estas questões, a apresentação se dará do seguinte modo: primeiramente será apresentado o contexto no qual o debate se desenvolve mostrando como o pensamento de Wittgenstein foi utilizado por alguns autores como um modo de interpretação da arte; em seguida, a apresentação se dará na análise das críticas de Danto mostrando como ele desenvolve suas objeções ao pensamento estético dos teóricos wittgensteinianos; e por último, será apresentada uma análise dos fundamentos que norteiam o conceito de “transfiguração”.

Organizadores:
Prof. Dr. Marcos Silva (UFPE/CNPq)
Prof. Dr. Tárik Prata (UFPE)
Hugo Mota (UFPE)

Em sua sétima edição, o evento será feito remotamente. No início das manhãs, ocorrerão apresentações de alunos vinculados à pós-graduação da UFPE ou de instituições parceiras de nosso grupo. Os últimos horários ficarão reservados para as conferências dos professores Tárik Prata e Marcos Silva.
Mais uma vez, contaremos com apoio institucional da Sociedade Brasileira de Filosofia Analítica.
Em tempos de crise, é importante que continuemos nossas pesquisas e aprofundemos nossos laços acadêmicos com eventos regulares como este.

Apoio:
Sociedade Brasileira de Filosofia Analítica (SBFA)
PPGFIL – UFPE

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